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domingo, 1 de setembro de 2013

"Quem é John Galt? trecho sobre Dinheiro Part.II

"Quem é John Galt?, da filosofa russa objetivista Ayn Rand, que viveu muitos anos nos Estados Unidos. A história é um romance, um livro denso e intenso, grande. São cerca de 1 mil páginas. Passa em uma época imprecisa, mas a autora dá a entender que é o início do século XX."

 Trecho digitado por Ernani Augusto de Andrade:

O dinheiro é feito pela inteligência em detrimento dos estúpidos? Pelos capazes em detrimento dos incompetentes? Pelos ambiciosos em detrimento dos preguiçosos? O dinheiro é feito _ Antes de poder ser embolsado pelos pidões e os saqueadores – pelo esforço honesto de todo homem honesto, cada um na medida de suas capacidades. O homem honesto é aquele que sabe  não pode consumir mais do que produz. Comerciar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa vontade. O dinheiro baseia-se no axioma de que todo homem é proprietário de sua mente e seu trabalho. O dinheiro não permite que nenhum poder prescreva o valor do seu trabalho, senão a escolha voluntária do homem que está disposto a trocar com você o trabalho dele. O dinheiro que você obtenha em troca de seus produtos e do seu trabalho. O dinheiro não permite que nenhum poder prescreva o valor do seu trabalho, senão a escolha voluntária do homem que está disposto a trocar com você o trabalho dele. O dinheiro permite que você obtenha em troca dos seus produtos e do seu trabalho aquilo que esses produtos e esse trabalho valem para os homens que o adquirem e nada mais que isso. O dinheiro só permite os negócios em que há benefício mútuo segundo o juízo das partes voluntárias. O dinheiro exige o reconhecimento de que os homens precisam trabalhar em beneficio próprio, e não em detrimento de si próprio; para lucrar, não para perder; de que homens não são bestas de carga, que não nascem para arcar com ônus da miséria; de que é preciso oferecer-lhe valores, não dores; de que o vinculo comum entre os homens não é a troca de sofrimento, mas a troca de bens. O dinheiro exige que o senhor venda não a sua franqueza à estupidez humana, mas o seu talento à razão humana; exige que o senhor compre não  o pior que os outros oferecem, mas  o melhor que seu dinheiro pode comprar. E, quando os homens vivem do comércio – com razão e não à força, como árbitro irrecorrível -, é o melhor produto que sai vencendo, o melhor desempenho, o homem de melhor juízo e maior capacidade - e o grau da produtividade de um homem é o grau de sua recompensa. Este é o código da existência cujo instrumento s símbolo é o dinheiro. É isto que o senhor acha mau ? Mas o dinheiro é só um instrumento. Ele pode levá-lo onde o senhor quiser, mas não pode substituir o motorista do carro. Ele lhe dá meios satisfazer seus desejos, mas não lhe cria desejos. O dinheiro é o flagelo dos homens que tentam inverter a lei da causalidade – os homens que tentam substituir a mente pelo sequestro dos produtos da mente. O dinheiro não compra felicidade para o homem que não sabe o que quer; não lhe dá um código de valores se ele não tem conhecimento a respeito de valores, e não lhe dá um objetivo, se ele não escolhe uma meta. O dinheiro não compra inteligência para o estúpido, nem admiração para o covarde, nem respeito para o incompetente. O homem que tenta comprar o cérebro de quem lhe é superior para servi-lo, usando dinheiro para substituir seu juízo, termina vítima dos que lhe são inferiores. Os homens inteligentes o abandonam, mas o trapaceiro e vigaristas correm a ele, atraídos por uma lei que ele não descobriu: o homem não pode ser menor do que o dinheiro que ele possui. É por isso que o senhor considera o dinheiro mau? Só o homem que não precisa da fortuna herdada merece herdá-la – Aquele que faria sua fortuna de qualquer modo, mesmo sem herança. Se um herdeiro está a altura de sua herança, ela o serve; caso contrário, ela o destrói. Mas o senhor diz que o dinheiro o corrompeu. Foi mesmo? Ou foi ele que corrompeu seu dinheiro? Não inveje um herdeiro que não vale nada; a riqueza dele não é sua, e o senhor não teria tirado melhor proveito dela. Não pense que ela deveria ser distribuída; criar cinquenta parasitas em lugar de um só não reaviva a virtude morta que criou a fortuna. O dinheiro é um poder vivo que morre quando se afasta de sua origem. O dinheiro não serve à mente que não está a sua altura. É por isso que o senhor o considera mau ? O dinheiro é o seu meio de sobrevivência. O veredito que o senhor dá à sua própria vida. Se a fonte é corrupta, o senhor condena sua própria existência. O seu dinheiro provém da fraude? Da exploração dos vícios e da estupidez humana? O senhor o Obteve servindo aos insensatos, na esperança de que sua capacidade merece? Baixando seus padrões de exigência? Fazendo um trabalho que o senhor despreza para compradores que o senhor não respeita? Neste caso o seu dinheiro não lhe dará um momento sequer de felicidade. Todas as coisas que o senhor adquirir serão não um tributo ao senhor, mas uma acusação;

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