Trecho digitado por Ernani Augusto de Andrade:
O dinheiro é feito pela inteligência
em detrimento dos estúpidos? Pelos capazes em detrimento dos incompetentes?
Pelos ambiciosos em detrimento dos preguiçosos? O dinheiro é feito _ Antes de
poder ser embolsado pelos pidões e os saqueadores – pelo esforço honesto de
todo homem honesto, cada um na medida de suas capacidades. O homem honesto é
aquele que sabe não pode consumir mais
do que produz. Comerciar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa
vontade. O dinheiro baseia-se no axioma de que todo homem é proprietário de sua
mente e seu trabalho. O dinheiro não permite que nenhum poder prescreva o valor
do seu trabalho, senão a escolha voluntária do homem que está disposto a trocar
com você o trabalho dele. O dinheiro que você obtenha em troca de seus produtos
e do seu trabalho. O dinheiro não permite que nenhum poder prescreva o valor do
seu trabalho, senão a escolha voluntária do homem que está disposto a trocar
com você o trabalho dele. O dinheiro permite que você obtenha em troca dos seus
produtos e do seu trabalho aquilo que esses produtos e esse trabalho valem para
os homens que o adquirem e nada mais que isso. O dinheiro só permite os negócios
em que há benefício mútuo segundo o juízo das partes voluntárias. O dinheiro
exige o reconhecimento de que os homens precisam trabalhar em beneficio próprio,
e não em detrimento de si próprio; para lucrar, não para perder; de que homens
não são bestas de carga, que não nascem para arcar com ônus da miséria; de que
é preciso oferecer-lhe valores, não dores; de que o vinculo comum entre os
homens não é a troca de sofrimento, mas a troca de bens. O dinheiro exige que o
senhor venda não a sua franqueza à estupidez humana, mas o seu talento à razão
humana; exige que o senhor compre não o
pior que os outros oferecem, mas o
melhor que seu dinheiro pode comprar. E, quando os homens vivem do comércio –
com razão e não à força, como árbitro irrecorrível -, é o melhor produto que
sai vencendo, o melhor desempenho, o homem de melhor juízo e maior capacidade -
e o grau da produtividade de um homem é o grau de sua recompensa. Este é o
código da existência cujo instrumento s símbolo é o dinheiro. É isto que o
senhor acha mau ? Mas o dinheiro é só um instrumento. Ele pode levá-lo onde o
senhor quiser, mas não pode substituir o motorista do carro. Ele lhe dá meios
satisfazer seus desejos, mas não lhe cria desejos. O dinheiro é o flagelo dos
homens que tentam inverter a lei da causalidade – os homens que tentam
substituir a mente pelo sequestro dos produtos da mente. O dinheiro não compra
felicidade para o homem que não sabe o que quer; não lhe dá um código de
valores se ele não tem conhecimento a respeito de valores, e não lhe dá um objetivo,
se ele não escolhe uma meta. O dinheiro não compra inteligência para o
estúpido, nem admiração para o covarde, nem respeito para o incompetente. O
homem que tenta comprar o cérebro de quem lhe é superior para servi-lo, usando
dinheiro para substituir seu juízo, termina vítima dos que lhe são inferiores.
Os homens inteligentes o abandonam, mas o trapaceiro e vigaristas correm a ele,
atraídos por uma lei que ele não descobriu: o homem não pode ser menor do que o
dinheiro que ele possui. É por isso que o senhor considera o dinheiro mau? Só o
homem que não precisa da fortuna herdada merece herdá-la – Aquele que faria sua
fortuna de qualquer modo, mesmo sem herança. Se um herdeiro está a altura de
sua herança, ela o serve; caso contrário, ela o destrói. Mas o senhor diz que o
dinheiro o corrompeu. Foi mesmo? Ou foi ele que corrompeu seu dinheiro? Não
inveje um herdeiro que não vale nada; a riqueza dele não é sua, e o senhor não
teria tirado melhor proveito dela. Não pense que ela deveria ser distribuída;
criar cinquenta parasitas em lugar de um só não reaviva a virtude morta que
criou a fortuna. O dinheiro é um poder vivo que morre quando se afasta de sua
origem. O dinheiro não serve à mente que não está a sua altura. É por isso que o senhor o considera mau ? O
dinheiro é o seu meio de sobrevivência. O veredito que o senhor dá à sua
própria vida. Se a fonte é corrupta, o senhor condena sua própria existência. O
seu dinheiro provém da fraude? Da exploração dos vícios e da estupidez humana? O
senhor o Obteve servindo aos insensatos, na esperança de que sua capacidade
merece? Baixando seus padrões de exigência? Fazendo um trabalho que o senhor
despreza para compradores que o senhor não respeita? Neste caso o seu dinheiro
não lhe dará um momento sequer de felicidade. Todas as coisas que o senhor
adquirir serão não um tributo ao senhor, mas uma acusação;
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