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segunda-feira, 3 de junho de 2013

VIANDA- CARNE -CORPO

Do mais Simples Vianda:vianda substantivo feminino.Singular 1. Qualquer espécie de alimento, em especial de carne.viandas s. f. pl. 2. [Por extensão] Iguarias. 3. [Regionalismo] A parte do caldo que não é líquida. 4. [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Cozido para os porcos; lavadura, restos de comida. A Complexidade "esta zona objetiva de indiscernibilidade, ela já é o corpo, mas o corpo enquanto carne ou vianda. Sem dúvida o corpo também tem osso, mas os ossos são somente a estrutura espacial"(DELEUZE,2007, p.29). Ele encontra Carne e corpo figurado nas telas de Baccn, isto desperta SENSAÇÕES, imagens que perturbam ao olhar, nos chamam a a atenção, pela agressividade do resultado de cores e fundos opacos,que no primeiro plano uma Vianda. "Se há uma “interpretação” do corpo em Bacon, nós a encontramos em seu gosto de pintar as Figuras deitadas, das quais o braço ou a coxa levantada valem por um osso, tal qual a carne adormecida parece descer"(DELEUZE,2007,p.30). Vejamos que Deleuze constroi uma descrição, onde privilegia a criação deste pintor irlandês.Todo o corpo é percorrido por um movimento intenso. Movimento deformadamente disforme, que remete à cada instante a imagem real ao corpo, para constituir a Figura (DELEUZE,2007,p.27). Deleuze afirma também que Bancon tramista em suas imagens deformadas, uma ponte entre o Homem e o animal. O corpo, é a Figura, ou melhor, o material da Figura.Neta sequencia a criação de Bancon abre um ZONA DE INDISCERNIBILIDADE:
Ao invés de correspondências formais, o que a pintura de Bacon constitui é uma zona de indiscernibilidade, de indecisão, entre o homem e o animal. O homem se torna animal, mas ele não se torna sem que o animal ao mesmo tempo se torne espírito, espírito de homem, espírito físico de homem apresentado no espelho como Eumênides ou Destino. Não é nunca uma combinação de formas, é antes um fato comum: o fato comum do homem e do animal. Ao ponto em que a Figura a mais isolada de Bacon é já uma Figura acoplada; o homem acoplado a seu animal numa tauromaquia latente. Esta zona objetiva de indiscernibilidade, ela já é o corpo, mas o corpo enquanto carne ou vianda.(DELEUZE 2007 p. 29).
"Portanto não há sentimento em Bacon:nada mais do que afetos, ou seja, “sensações” e “instintos”, seguindo a fórmula do Naturalismo. E a sensação, que determina o instinto em tal momento, assim como o instinto, é a passagem de uma sensação a outra, a busca da “melhor” sensação." Na trama de conceitos os significados e definições, Deleuze incita que o leitor tenha atenção também para outras noções, que o conjunto de suas teses faça sentido. Todos os filósofos a tem uma linguagem própria, tem um estilo. “Os signos reenviam aos modos de vida, às possibilidade de existência, são os sintomas de uma vida em jorro ou vazia. Os artistas não podem se contentar com uma vida vazia, nem como uma vida pessoal.

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