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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A EXPERIENCIA VIDA

Colocar em questão a “existência” na história da filosofia não é novidade das correntes contemporâneas, esta exclusividade e pertinência da mesma vieram junto ao pós-guerra na Europa, nutrindo no homem europeu do fim do séc. XIX uma desesperança diante da vida. Kierkegaard (1813-1855), por exemplo, aponta que os sistemas filosóficos dos modernos foram incapazes frente à discussão de que a vida envolve, um princípio, sua crítica é principalmente na filosofia do Absoluto de Hegel (1770-1831). Em contrapartida, uma série de filósofos tais como Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980), Camus (1913-1960) e outros, pensaram esta questão a partir de uma nova ótica, não mais com o intuito de legitimar um discurso teleológico*nota, portanto para uma perspectiva humanista(,sobre o humanismo de Sartre,nota), onde não mais o sentido da vida é buscado fora do mundo, se não, no próprio homem: “De descrição geral, que nas filosofias da existência o problema da existência precede o da essência, que seria esta a característica distintiva dos existencialismos em relação às filosofias tradicionais” (Abrão, 1999, p. 443). O aparecimento dos neologismos é raramente datado com precisão. Apollinaire pode apresentar ao público as razões que o levaram a forjar o adjetivo “surrealista” no seu livro Tirésias de 1918. O mesmo não acontece bem com “existencial”, nem com “existencialismo”. Mas sabe-se que o emprego filosófico do primeiro ocorre aproximadamente na metade do século XIX, e o do segundo, cerca de um século mais tarde. Durante as décadas de 1930-1950, o existencialismo, parece designar um clima de pensamento, uma corrente literária vinda da Europa do Norte, dos países eslavos ou germânicos. Um de seus traços principais seria a percepção do sentido do absurdo juntamente com a do sentimento trágico da vida(nota). A experiência de uma humanidade entregue as violências mortíferas às monstruosidades de uma guerra particularmente, violenta teria exigido dos artistas, dos escritores e dos filósofos, novas reflexões, capazes de repor em questão: o exercício de uma liberdade*(noa conceito de livberdade) ainda a conquistar, e um esclarecimento*(nota,sobre cosmovisão) sobre sentido da vida. Camus o filósofo argelino com uma escrita francesa. Escreve seu pensamento através da literatura, romances-tese. Isto é uma marca forte de seus escrritos filosoficos, pois acreditava que há, na forma literária, que é arte criativa e viva*(citação), tem a sutilieza de perscrutar a alma humana, sendo capaz de descrever vivências, reais ou possiveis do ser humano e denunciar suas fragilidades. Camus se vale de uma estratégia literária para expressar seus conceitos. O romance, por exemplo, O Estrangeiro publicado no mesmo ano que seu ensaio filosófico O Mito de Sísifo 1942. Apresenta ao mundo o que iria ser seu grande ponto de partida que ilustra a filosofia do Absurdo. Como uma atitude frente à vida. Este trabalho de conclusão de curso não pretende abranger o conceito de Absurdo nos seus mais variados significados e uso nas ciências, mas restringir ao campo de semântico (nota), orientado pelo filósofo Albert Camus, que foi considerado o “profeta do Absurdo”, por uma geração de intelectuais. O Absurdo como uma realidade da experiência humana em sua situação de Ser vivo,pode ocorres deste sentimento,esta sensibilidade, que pode ser experimentada por qualquer ser humano - Um conflito entre ideal e a vivência do cotidiano- Esta situação trava na vida um hiato entre a falta de explicações e sentido para a condição do homem. Num percurso interno da leitura de seu primeiro romance Núpcias ( data), a sua última obra inacabada, O Primeiro Homem (data). Em Camus o estilo literário e no ensaio filosófico mescla-se em sua obra, o estudioso Pinto, Manuel Costa argumenta que Camus se vale: “idéia - pré-concebida”, a maneira de Proust, “com que a inteligência do artista cria um universo ao quais os seus heróis deverão resistir e fora do qual não há nada” (PINTO, 1998 p.124). A atitude filosófica do argelino Camus é para elucidar sua filosofia do absurdo acerca da problemática filosófica da: liberdade do homem, sua situação e esperança, enquanto humanidade*(nota,somos seres sócias). Como literato e filósofo Camus, diz que a falta de sentido ou de justificação racional para a existência do homem e do universo, não são razões suficientes motivos para total descrença. O livro O mito de Sísifo trata de conceituar com varias demonstrações, o argumento norteador de Camus, de que a vida é Absurda, mas que traz ao homem consequências que não o impende de agir ou suicidar-se(nota), mas discute o que estas posturas são sempre discutíveis pois; “Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de todas”(CAMUS, 2010 p.19). O ensaio/tese O Mito de Sísifo, descreve sobre o tema que Camus irá até o fim de sua trajetória filosófica: A noção de sentido da vida humana, e a constatação do Absurdo. O livro começa questionando se a vida vale ou não ser vivida? Em uma pergunta desconcertante o argelino articula um raciocínio para o Absurdo, se há escolha não for o suicídio. Aqueles que decidem viver podem penetrar na dimensão do absurdo que nos cerca. “A experiência do absurdo e a atitude racional do homem diante do mundo é o tema central do Mito de Sísifo” (BARRETO, 1979 p.478). O raciocínio de Camus é pergunta-se: mas afinal em que relação absurda coma a vida? continua.

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