-Molecular/Molar:Os mesmos elementos existentes nos Fluxos, nos estratos, noa agenciamentos, podem organizar-se segundo um modelo molar ou segundo um modelo molecular. A ordem molar corresponde às estratificações que delimitam objetos , sujeitos, representações e seus sistemas de referência. A ordem molecular, ao contrário, é a dos fluxos, dos devires, das transmissão de fases, das intensidades. Essa travessia molecular dos estratos e dos níveis, operada pelas diferentes espécies de agenciamentos, será chamada de "Transversalidade".
-Objeto "a", "b", "c": eu havia sugerido a Lacan que acrescentasse ao objeto "a" - termo que ele propõe no quadro de uma teoria generalizada dos objetos parciais em psicanálise, e que designa uma função que implica tanto o objeto oral, quanto ao objeto anal, o pênis, o olhar, a voz, etc.- que acrescentasse a ele os objetos "b", correspondendo aos "objetos transicionais" de Winnicott, e os objetos "c", correspondendo aos objetos institucionais.
-PERSISTÊNCIA/TRANSISTÊNCIA: mudei o uso dessa palavra várias vezes. Vejo isto, agora, como, o modo de existência desterritorialidade que se instaura entre fluxos e os territórios. Paralelamente, entre os phylum e os universos, instaura-se a "transistência".
Personológico: Adjetivo usado para qualificar as relações molares na ordem subjetiva. A enfase dada ao papel das pessoas, das identidades e das identificações caracteriza as concepções teóricas da psicanálise. O édipo psicanalítico coloca em jogo pessoas, personagens tipificadas;ele reduz, as intensidades, projeta o nível molecular dos investimentos sobre um "teatro personológico", isto é, sobre um sistema de representações cortado da produção desejante real ( expressão equivalente:triangulação edipiana).
-Phylum: as diferentes espécie de maquina - técnicas, vivas, abstratas, estéticas - estão posicionadas em relação ao espaço e ao tempo.Sendo assim elas constituem phylum, como evolução das especies vivas.Mas tais Phylum não partem de um só ponto de origem: eles estão dispostos em rizoma.
-Plano de consistência: Os fluxos, os territórios, as máquinas, os universos de desejo, sejam quais, forem suas diferenças de natureza, se relacionam com o mesmo plano de referencia. Com efeito, as diferentes modalidades de existência dos sistemas intensidades não são da alçada de idealidades transcendentais, mas de processos de engendramento e de transfonações reais.
FONTE:
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 326 p.
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