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sábado, 27 de outubro de 2012

Thomas Mann e Albert Camus sobre Nietzsche p.67-70

Thomas Mann e Albert Camus sobre Nietzsche p.67-70 O elo entre os ensinamentos de Nietzsche e os horrores do século XX é muito complexo e não pode ser tratado de forma superficial ou simples. Duas das melhores tentativas de resolver essa questão podem ser encontradas em Thomam Mann e Albert Camus. Pata Thomas Mann, é Nietzsche é uma “personalidade de prodigiosa plenitude e complexidade cultural, sintetizando tudo o que é essencialmente europeu”. Para Mann, como para muitos autores Nietzsche é em essência um pensador apolítico (“distante da politica e inocentemente espiritual”, escreve ele,) Cujas ideias, não obstante, prenunciam os tempos do imperialismo e, mais ainda, a área fascista do Ocidente, em que “estamos vivendo e continuaremos a viver por muito tempo, apesar da vitória militar sobre o fascismo”. Para Mann, Nietzsche não era um fascista, mas alguém que via a ameaça surgindo e soube que perigos havia pela frente. No entanto, ele também mostra que a principal deficiência do pensamento de Nietzsche era constituir um “esteticismo heroico” incapaz de fazer de qualquer coisa para preveni um mal como o holocausto. “Ao mesmo tempo, saliente Mann, é precisamente esse “esteticismo dionisíaco” de que faz de Nietzsche o maior critico e psicólogo da moral conhecida na história da mente humana”. O que o caso de Nietzsche nos oferece, argumenta Mann, é o insolúvel conflito entre a visão estética e a visão moral do mundo ( Mann equipara a ultima ao socialismo). Ele termina suas reflexões com uma nota gritantemente moral, afirmando que o esteticismo, sob cuja bandeira os espíritos livres do século XIX – como Nietzsche - se levantaram contra moral burguesa, em ultima analise pertence à própria era burguesa. O que hoje é evidente, Mann escreve, na esteira dos horrores da guerra, é que precisamos transcender a visão estética da vida e entrar na de caráter moral e social, pois “uma filosofia estética da vida é fundamentalmente incapaz de subjugar os problemas que somos chamados a resolver”. Uma perspectiva semelhante é adotado por Albert Camus em seu clássico estudo, L’Hommem Revolte. E que um capitulo intitulado “L’affimation absolue”, Camus interpreta a obra de Nietzsche como uma lógica peculiar da vida, uma lógica da afirmação. Da mesma maneira que a obra de Sade, o desafio do pensamento de Nietzsche consiste em seu solapamento da base da moralidade. Esses pensadores estendem o pensamento até o ponto em que, quase literalmente, todo o inferno se desprende e um universo ímpio principia: “Quando o homem submete Deus ao julgamento moral, mata-o dentro de si. Qual é então, o fundamento da moral? Nega-se Deus em nome da justiça, mas pode-se compreender a ideia de justiça sem a ideia de Deus? Não chegamos então a um absurdo”? (CAMUS, HR) A grande questão de Nietzsche para Camus é se podemos viver sem acreditar em nada. A resposta de Nietzsche é sim; sim, contanto que aceitamos as consequências finais do niilismo – da percepção do mundo e da existência capaz de revelar que “nada é verdadeiro, tudo é permitido”(SGM III, 24) – e se, emergindo no deserto, sentimos ao mesmo tempo dor e alegrai. “bem e Mal” , em suas formas absolutas, incondicionais ou universais, já não existem. A tarefa, Agora, é viver além: além do bem e do mal, em que e a unidade caritativa de bem e mal resulta na afirmação do mais criativo bem. Isso significa que nos livramos da necessidade de sentenciar o mundo, a partir da arrogância antropomórfica dos seres humanos. Sentenciar a vida é negá-la e difamá-la. Essa é a Antinomia, Nietzsche diz: na medida em que acreditamos na moralidade, condenamos a vida (VP 6). Por séculos a moral existiu sustentada pelos fundamentos religiosos e crenças do cristianismo. Mas agora o cristianismo declina, aproxima-se do fim, e a moral revela-se um sintoma de vida em declínio e em decadência. “Nós” precisamos subir até mais altas de vida. O ateísmo para Nietzsche, portanto, Salienta Camus, é tanto radical como construtivo. “Privado da vontade divina”, Camus escreve “o mundo é igualmente privado de unidade e finalidade”. Este não é um mundo fácil ou cômodo de se viver. Os que não podem manter-se firmes acima (uber) da lei devem achar outra lei ou buscar refugio na loucura (A 14). Ser livre é abandonar fins, propósitos objetivos e metas. Dessa maneira, restitui-se à vida a inocência do vir-a-ser. A total aceitação da total necessidade – de que não se precisa de nada para ser diferente – iguala-se à liberdade. Logica contida nessa afirmação de vida sem objetivo ou meta leva Camus a escrever que: Esse consentimento magnifico, nascido da abundância e plenitude de espírito é a irresoluta afirmação da imperfeição e sofrimento humanos, do mal e do homicídio, de tudo o que é problemático, e estranho em nossa existência. Ele insiste no ponto crucial: “Nietzsche não que nenhuma redenção”. A alegria da autocriação é a alegria do aniquilamento, pois o individuo “Esta perdido no destino da espécie e no eterno movimento das esferas”. Pelo que exatamente, segundo Camus, Nietzsche é responsável? Essa é uma pergunta difícil de responder. A critica a Nietzsche de Camus, como a de Mann, é feita do ponto de vista moral. “A partir do momento em que o aspecto metódico do pensamento nietzschiano é negligenciado”, escreve ele, “sua Logica rebelde não reconhece nenhum limite”, e os assassinos e exterminadores, renegando o espirito ao pé da letra desse pensamento, Podem achar seu pretexto em Nietzsche. Para Camus, Nietzsche representa “a manifestação” aguda da consciência do niilismo”: “Deste o momento em que foi dada aceitação à totalidade da experiência humana, Abriu-se o caminho para outras que longe de enfraquecer, se fortaleceriam a partir do embuste e do assassino. A responsabilidade de Nietzsche consiste em ter legitimado, por estimáveis razões de método (...) o direito à desonra, de que Dostoievski já dissera que, se oferecêssemos, ás pessoas, podíamos sempre estar certos de vê-las atirarem-se a ele”. Antecipando o futuro reino do Ubermensch, Nietzsche sucumbe à grande tentação encontrada em todo o pensamento utópico radical do período moderno: A secularização do ideal. Esta, para Camus, é a fonte da grande falha de Nietzsche. Sustentando que a filosofia de Nietzsche repousa basicamente sobre ambições religiosas (Nietzsche visto como mais um messias na longa sucessão de sacerdote ascetas), no entanto, Camus deixa de lado os aspectos auto alusivos da filosofia de Nietzsche, que zomba de sua própria autoridade e chama a atenção para a natureza pessoal de suas principais reflexões e ensinamentos (que a vontade de poder é sua interpretação da existência; que o eterno retorno representa sua formula para mais alta afirmação de vida possível etc.). Como veremos adiante Nietzsche concebe-se não como outro sacerdote asceta, mas como um comediante do ideal ascético. Escrevendo no meio das consequências da guerra. E atentando chegar a um acordo sobre a larga escala e natureza do holocausto, Mann e Camus, Acharam impossível deixar, como Nietzsche nos convida a fazer, a ilusão dos juízo moral abaixo deles” (cl, os aperfeiçoamento da humanidade ”,I). Eles também acharam difícil ler Nietzsche como um comediante, dado o profundo impacto que sua obra tivera sobre cultura alemã. As resposta que apresentaram a esse desafio, escritas em uma conjuntura específica, levantaram questões que devem ser fundamentais para qualquer leitura de seus escritos. Ate que ponto é necessário defender a guerra e o “mal” para as forças criativas da vida serem cultivadas e utilizadas? Pode-se viver sem juízo moral? Se ser sobre –humano significa que o juízo moral é transcendido, não devemos fazer tudo o que pudermos para nos tornarmos humanos(demasiado humanos)? È possível transcender o humano? Como distinguirmos entre forças “ ascendentes” e “descendentes” de vida , sem falara em definir tais forças?
PEARSON, Keith A. Nietzsche como pensador politico. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1997 p 239.

sábado, 20 de outubro de 2012

esquema Camus

estudos.

Camus não é separado da comunidade humana que serve. É o prazer de ter salvo não se orgulha da idéia em si, mas "a idéia de homem após este desastre de inteligência "(243). Se I revolta em nome da natureza humana exige que eu está em cada homem igualmente respeitada. No final da itinerário, e Camus encontrou o princípio da universalidade da moral kantiana. Mas é verdade que ele não esperou O rebelde para defender a causa do homem. Se alguém quiser comprovar isso, basta dar ouvidos para a música a grandeza absurdo. Nós não vamos deixar de reconhecer Sísifo, o herói solitário cuja "luta para as alturas" (198) aviso tom nietzschiano campeão não só mas a dignidade de solidariedade humana. Não faz destino "de um homem, que deve ser resolvida entre o homens "(197)? ------------
Camus ne se sépare pas de la communauté humaine; elle la sert. Ce qu'elle se félicite d'avoir sauvé, ce n'est pas l'idée orgueilleuse d'elle-même, mais «l'idée de l'homme au bout de ce désastre de l'intelligence » (243). Si je me révolte, c'est au nom d'une nature humaine dont j'exige qu'elle soit en chaque homme pareillement respectée. Au terme de son itinéraire, Camus retrouve ainsi le principe d'universalité de la morale kantienne. Mais il est vrai qu'il n'a pas attendu L'Homme révolté pour plaider la cause de l'homme. Si l'on veut s'en convaincre, il suffît de prêter une oreille attentive au chant de la grandeur absurde. On ne manquera pas de reconnaître en Sisyphe, ce héros solitaire dont « la lutte vers les sommets » (198) garde une tonalité nietzschéenne, le champion non seulement de la dignité mais aussi de la solidarité humaine. Ne fait-il pas du destin «une affaire d'homme, qui doit être réglée entre les hommes » (197) ?

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

T.S.Eliot


Porque o livro desenha uma imagem de  homem, em crise. As poesias de T.S.Eliot. É uma "consciência" de seu Tempo .Inovador das formas poéticas,"revolucionário acadêmico .

Because the book draws a picture of a man in crisis. The poetry of T.S.Eliot. It is an "Awareness" of his time. Innovator of poetic forms, "a revolutionary academic."
Traduzido um paragrafo de: JUNQUEIRA, Ivan ,Poesia T.S.Eliot;Rio de Janeiro: Nova Fronteira em 1981. p.11-51.

REBELIÃO NO PENSAMENTO DE ALBERT CAMUS

O Homem Revoltado é um livro de 1957, que exige, depois de uma primeira leitura, uma releitura, apurada dos conceitos filosóficos e pensamentos e expressões e diferentes de homens, a argumentação/dissertação de Camus sobre eles, que é(-me) impossível fazer uma síntese deste ensaio.

De certeza logo nas primeiras páginas, os capítulos da Revolução Metafísica. A dissertação do Camus sobre Nietzsche e sobre o aproveitamento e subversão que os nazis fizeram das suas teorias, mas onde Camus também faz uma, leve insinuação, de que Nietzsche não "fechou" a sua obra de forma a que não se pudesse fazer. Esse aproveitamento. De seguida, e como não podia deixar de ser, uma vez que o Camus era admirador confesso de Dostoiévski  Camus vai buscar o Ivan dos Irmãos Karamazov, para servir de exemplo na sua dissertação sobre a crença em algo superior ou não. Com esta expressão literária -“este tudo é permitido”, diz Camus ai começa realmente a história do niilismo contemporâneo,com a expressão literária:“ Dostoiévski - se nada existe, tudo é permitido” ;
“Nietzsche - se nada existe, nada é permitido”.(CAMUS, 2005 p.77).

Notas de rodapé II


Argélia, pais do norte da África que foi colônia da França; No filme A batalha de Argel de 1966 dos gêneros "Drama Histórico" e "Guerra", dirigido por Gillo Pontecorvo. Falado em francês e árabe. O roteiro se baseia em fatos ocorridos no período de 1954-1962, quando o povo da Argélia lutou contra a ocupação colonialista francesa no país (Guerra da Argélia). Camus Escreveu no jornal de resistência Combat; Mas não chega a ver seu país conquistar a independência, pelo fato de sua morte prematura. 
 

O Conjunto das significações assumidas por uma palavra e as relações precisas que se podem estabelecer entre termos, diz-se campo semântico (O Dicionário de Termos Linguísticos).

 Jornalista, autor de Albert Camus: Um elogio do ensaio (Ateliê editorial), Organizador e tradutor da antologia A inteligência e O cadafalso e outros ensaios, de Albert Camus (Editora Record)./blockquote>

 O livro de Vicente Barreto, publicado em 1991, segunda edição, pela editora Paz e Terra, é um livro para estudantes que pretendem ter uma visão sintética, do conjunto da obra de Albert Camus. Barreto transmite neste estudo, em linguagem clara e objetiva, toda a extensão do pensamento e pontos nevrálgicos da pesquisa filosófica.

Conforme o Dicionário de filosofia Abbagnano p.468, sua explicação sobre existencialismos e seus termo: “Costuma-se indicar por esse termo, desde 1930 aproximadamente, um conjunto de filosofias ou de correntes filosóficas cuja marca comum não são os pressupostos e as conclusões (que são diferentes), mas o instrumento de que se valem: a análise da existência. Essas correntes entendem a palavra existência”.

Esta locução usa-se para indicar que a proposição parte de algo absurdo ou de coisas absurdas. Na lógica formal, reductio ad absurdum é usado quando uma contradição formal pode ser derivada de uma premissa, o que permite que alguém possa concluir que a premissa é falsa. Se uma contradição é derivada de uma série de premissas, isso mostra que pelo menos uma das premissas é falsa, mas outros meios devem ser utilizados para determinar qual delas.Um estudo minucioso sobre a obra de Kierkegaard, do estudioso Ernani Reichmann em seu livro Soren Kierkegaard textos selecionados, na página 242 a 246. Contém uma explicação do que o filósofo dinamarquês, entende por absurdo, apenas menciona e não explico, pela complexidade, pois para este o absurdo esta correlacionado com outros conceitos, por exemplo, o conceito de Escândalo.

Argélia, pais do norte da África que foi colônia da França; No filme A batalha de Argel de 1966 dos gêneros "Drama Histórico" e "Guerra", dirigido por Gillo Pontecorvo. Falado em francês e árabe. O roteiro se baseia em fatos ocorridos no período de 1954-1962, quando o povo da Argélia lutou contra a ocupação colonialista francesa no país (Guerra da Argélia). Camus Escreveu no jornal de resistência Combat; Mas não chega a ver seu país conquistar a independência, pelo fato de sua morte prematura. 

 O livro de Vicente Barreto, publicado em 1991, segunda edição, pela editora Paz e Terra, é um livro para estudantes que pretendem ter uma visão sintética, do conjunto da obra de Albert Camus. Barreto transmite neste estudo, em linguagem clara e objetiva, toda a extensão do pensamento e pontos nevrálgicos da pesquisa filosófica.
Conforme o Dicionário de filosofia Abbagnano p.468, sua explicação sobre existencialismos e seus termo: “Costuma-se indicar por esse termo, desde 1930 aproximadamente, um conjunto de filosofias ou de correntes filosóficas cuja marca comum não são os pressupostos e as conclusões (que são diferentes), mas o instrumento de que se valem: a análise da existência. Essas correntes entendem a palavra existência”.

Esta locução usa-se para indicar que a proposição parte de algo absurdo ou de coisas absurdas. Na lógica formal, reductio ad absurdum é usado quando uma contradição formal pode ser derivada de uma premissa, o que permite que alguém possa concluir que a premissa é falsa. Se uma contradição é derivada de uma série de premissas, isso mostra que pelo menos uma das premissas é falsa, mas outros meios devem ser utilizados para determinar qual delas.

Este estudo não trada destas questão, mas na esteira da filosofia, estes movimentos, épocas, tendências, devem ser nomeados. Na filosofia da 1º metade do século XX, reconhecem-se dois movimentos que, reatualizando tenências clássicas, pode, ser paradigmas de intenção de renovar o pensamento filosófico. Trata-se, da fenomenologia e da filosofia Analítica (MORA, 1982 p.6). José Ferrater Mora em seu livro:  A filosofia analítica: mudança de sentido em filosofia. Faz uma esclarecedora explicação sobre este tema.

O termo Absurdo em alguns idiomas: grego. Παράλογος; latim. Absurdum; inglês. Absurd; francês. Absurde, italiano. Assurdó.

Experiência emocional de gratuidade da existência, ou seja, da perfeita equivalência das possibilidades existenciais. Essa noção foi introduzida na filosofia por Sartre e por ele ilustrada principalmente no romance intitulado; La nausée.

Søren Aabye Kierkegaard nota.

Um estudo minucioso sobre a obra de Kierkegaard, do estudioso Ernani Reichmann em seu livro Soren Kierkegaard textos selecionados, na página 242 a 246. Contém uma explicação do que o filósofo dinamarquês, entende por absurdo, apenas menciona e não explico, pela complexidade, pois para este o absurdo esta correlacionado com outros conceitos, por exemplo, o conceito de Escândalo.
Segundo Dicionário de filosofia,teoria que explica os seres, pelo fim a que aparentante são destinados
Trágico no dicionário, Nicola Abbagnano o conceito é definido: “Foi, às vezes, discutido pelos filósofos não só em relação à forma de arte que é a tragédia, mas também em relação à vida humana em geral, ou ao palco do mundo” (ABBAGNANO, 2007 p.1155).
Søren Aabye Kierkegaard (Copenhague, 5 de Maio de 1813 — Copenhague, 11 de Novembro de 1855) foi um filósofo e teólogo dinamarquês.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

The Human Condition, Hannah

Em The Human Condition, Hannah Arendt se propõe a examinar aquilo que é especifico e o que é genérico na condição humana. Através de sua singularidade, diz ela, o homem retém a sua individualidade e, através de sua singularidade. Neste livro, como aponta Hans Jonas, o conceito central da reflexão politica da Hannah Arendt é a natalidade - o nascimento – ao contrario da morte, que caracteriza a metafisica. A natalidade significa que nós nos iniciamos para o mundo através da ação. Dai a relação entre nascimento e ação, que pode ser apreendida através da comunicação das experiências individuais. De acordo com Hannah Arendt, existem três experiências básicas. A primeira é do animal laborans, assinalada pela necessidade e concomitante futilidade do processo biológico, do qual deriva, uma vez que é algo que se consome no próprio metabolismo, individual e coletivo. No sentido etimológico, labor indica a ideia de tarefas penosas, que se cansam e, por esta razão, a primeira palavra, em português, que ocorre é “labuta”. De fato, trabalho, segundo muitos autores, vem do baixo latim tribalium, derivativo de três + plaus (três paus), aparelho destinado a sujeitar cavalos que não queriam se deixar ferrar. Tripaliare, trabalhar, significava torturar com o tripalium, que era um instrumento de três paus. Para outros autores, trabalho vem do baixo latim trabaculum, do latim trabs – trave, viga usadas também para ferra animais. Seja como for trata-se de viga de todos nós carregamos na penosa Sisifica labuta de lidar com a necessidade. A segunda experiência básica é a do homo faber, que cria coisas extraídas da natureza, convertendo o mundo num espaço de objetos partilhados pelos homens. O habitat humano está cercado de objetos que se interpõem entra natureza humana e o homem, unindo-se e separando-os entre si. Esses objetos são frutos de uma fazer, cuja origem vem de facere, significando atividade executada num determinado instante que, por isso mesmo tem começo, meio fim. O artesão é um homo faber, como também o é o artista, pois ambos fabricam objetos. Com a civilização industrial , de acordo como hannah Arendt , os artesãos, que tinham a dimensão do homo faber, converteram-se em animal laborans, e isto visto a dificultar , com o peso da necessidade , a terceira experiência básica . Esta é a da Vita Activa, que exige a liberação do julgo das outras para que se instaure o campo da politica . A politica resulta do agir, cuja origem provém de agere (pôr em movimento) e agere ( criar, trazer), que experimem uma atividade no seu exercício continuo e cuja a relevância produz gestas. A participação do gênero humano permite o conhecimento de gestas singulares, que se comunicam através da palvra, que é histórica. A linguagem para Hannah Arendt , constitui o repertório da experiência humana. O nomear das coisas, a criação de palvras é a forma de apropriação e desalienação do mundo , ao qual todos chegamos, pelo nascimento como novatos e estrangeiros. Esta volta à linguagem representa uma retomada de uma das linhas da tradição do pensamento , pois implica, na arqueologia das ciências humanas – para falar com Foucault - , a retomada de um conceito de positividade , em que o elemento regulador da verificação é a hermenêutica do significado da palavra, pois se postula uma correspondência entre a palavra e as coisas, entre significantes, significados e conjuntura. A retomada desta linha de tradição permitiu a Hannah Arendt romper o impasse da reflexão e do pensamento provocado pela ruptura entre passado e o futuro, ensejando o reencontro de um velho/ novo caminho para explicar e fundamentar as características da ação politica . Este caminho Hannah Arendt ilumina através dos exercícios de pensamento politico, que compõem o seu livro Between Past and Future. Neste livro, cuja segunda edições, revista e ampliada, é de 1968, mostra ela, a partir de sua resposta sobre a condição humana, que a palavra e a ação para se converterem em politica, requerem um espaço que constitui o mundo politico, cuja existência permite o aparecimento da liberdade. A liberdade , no espaço publiuco, exige a liberação da necessidade biológico do animal laborans; também não é o código do eu consigo mesmo do pensamento , onde nada vem do nada e onde tudo resulta da causalidade que regula o mundo externo dentro do qual se inserem os protagonistas. Não é igualmente a assim chamada liberdade moderna, que significa, desde loocke, uma esfera privada de ação individual mais ou menos extensas, não controlada pelo poder estatal, que tem o seu limite fixado nas normas que o contrato social estipula como sendo as necessárias para o convívio intersubjetivo. Liberdade, para Hannah Arendt, é a liberdade antiga, relacionada com á polis grega. Significa liberdade para participar, democraticamente, do espaço público da palavra e da ação. Liberdade, neta acepção, e a politica surgem do dialogo no plural, que aparece quando existe este espaço que permite viva e a ação vivida, numa unidade criativa e criadora. Este espaço é um espaço frágil e a verdade que informa o dialogo que nele se dá verdade factual, também é uma verdade frágil, posto que o seu modo de asserção não é evidência. Dai a permanente preocupação de Hannah Arendt com propaganda, a ideologia , a mentira, o image-making, o reescrever a posteriori da história, pois são todos fenômenos que comprometem e ameaçam a verdade factual. Dai resulta também a sua preocupação e o seu interesse, robustecido pela sua vivencia norte-americana, com a Universidade autônoma e com um judiciário independente como instancias publicas aptas a defender, pelas suas categorias, a integridade da verdade factual. Precisamente porque o espaço publico é frágil e suscetível de desaparecer no vórtice de imprevisibilidade dos fatos e dos acontecimentos é que ele precisa ser preservado por meio de instituições. Por isso, como observa Magaret Canovan, comentando um trecho de The Human Condition, trata-se de um espaço que precisava ser alicerçado na lei. Neste sentido, Hannah Arendt vê a lei , na sua a lei, na sua acepção grega, como uma atividade de homo faber, ou seja, como um artesanato dedicado à construção constitucional do espaço público, estabelecendo, deste modo, vinculo entre a permanência no tempo da vita Activa e o empenho durável dos objetos criados pelo Homo Faber. A acção politica da vita activa requer, diz Hannah Arendt , a concordância potencial dos outros .Esta surge em virtude da estrutura dialógica da política, alicerçada na verdade factual, tendo este dialogo entre iguais, como objeto Dúbia conflitiva , superáveis pela persuasão que permite o agir conjunto. È por isto que hannah Arendt chama atenção para a acepção romana de lei que, ao contrário da grega, não era coeva à fundação da polis. Para os romanos, de acordo com Hannah Arendt, a atividade legislativa não era pré-púbica. O sentido original de lex, aponta ela, era o de uma conexão intima, ou seja, uma relação conecta duas coisas ou dois parceitros que circunstâncias externas juntaram. O próprio povo romano- populus romanus- que deriva a sua existência não a uma unidade orgânica, a uma etnia, mas sim uma aliança perpétua entre patrícios e plebeus. O império romano, por sua vez não se esgota na noção de imperium num sistema de alianças em que o instrumento das leges foram utilizados para a celebração de tratados que ampliaram para outras províncias e outras comunidades os socii, que formavam a Societas Romana. Este esclarecimento das duas dimensões da atividade legislativa – a da construção constitucional, pelo Homo Faber, do espaço publico e da obtenção politica faz no espaço publico e da obtenção politica do acordo para agir conjunto – permitiu a Hannah Arendt discutira “fundação”, com a qual se inicia o agir conjunto, com o fundamento que confere autoridade ao poder. Autoridade lembra Arendt, deriva do verbo latino augere (aumentar), e o que a ação politica faz no espaço publico da palavra e da ação é acrescentar de feitos e acontecimentos, importância à fundação de comunidade politica e vida às suas instituições.
LAFER, Ceslo.Hannah Arendt:pensamento,persuasão e poder. são paulo:Paz e Terra, 2003 p.197.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

NOTA SOBRE Deleuze e Politica

O estado é a substância - o que subsiste "onitemporalmente" (onitemporalidade a não ser na ideia abstrata do que mandam, dos que querem mandar ou acreditam mandar) - e constitui o fundo e a determinação última daquilo que existe . Ora , a substancia define-se por um ou vários atributos , que a expressam completa e exatamente. Institui-se no atributo "politico", empregando-se frequentemente o termo "dominação"; a nação de exploração, que se refere classicamente ao atributo "ecomimia politica", é igualmente importante, tal como o é a noção de decodificação brutal e de axiomatização arbitrária e indefinida dos fluxos na perspectiva da "economia libidinal". É assim que Gille Deleuze e Felix Guatarri - ao analisarem, em Capitalismo e esquizofrenia, a situação contemporânea- falam do "corpo do capital" que cobre o mundo. Desse modo, eles assinalam que a realidade "reativa" que bloqueia o desejo para melhor dividi-lo, situa-lo e deslocá-lo autoritariamente pode ser compreendida em termos de funcionamento capitalista. Sobre isto, cabe notar deste de já que o planeta organizado por ele é de ponta a ponta a capitalista - quer tenha o não abolido a propriedade a ponta capitalista - quer tenha ou não abolido a propriedade privada dos meios de produção e suprindo o mercado de trabalho-, no sentido de que estende e aprofunda o projeto descrito por Marxe Engels no inicio do Manifesto Comunista. Eis porque as discussões relativas à "natureza" da união Soviética, interessantes para o historiador e o economista, não são decisivas para a reflexão politica...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

rizosfera

A rizosfera é a região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato. O número de microrganismos na raiz e à sua volta é muito maior do que no solo livre; os tipos de microrganismos na rizosfera também diferem do solo livre de raiz. Técnicas de microscopia eletrônica permitem que os microbiologistas observem os microrganismos diretamente na superfície das raízes. Na rizosfera as bactérias são os microrganismos predominantes. O crescimento bacteriano é estimulado por nutrientes como aminoácidos e vitaminas liberadas do tecido radicular. As bactérias que requerem aminoácidos para o crescimento ocorrem em maior número na rizosfera do que em solo livre de raiz. Os produtos do metabolismo microbiano que são liberados na rizosfera afectam o crescimento das plantas. Desta forma, uma troca de nutrientes ocorre entre o sistema radicular da planta. A rizosfera é um sistema biológico extremamente complexo e há uma grande parte ainda para ser aprendida sobre as interações plantas-microrganismos.
Referência: PELCZAR, Jr., M. J. ; CHAN, E.C.S.; KRIEG, N.R. Microbiologia: conceitos e aplicações. 2ª edição; São Paulo-SP: Makron Books, 1997. v.2.

Governamentalidade – DICIONÁRIO FOUCAULT

Governamentalidade¹ – DICIONÁRIO FOUCAULT
A partir de 1978, em seu colégio de France, Foucault analisa a ruptura que ocorreu entre o fim do século XVI e o inicio do século XVII e que marca a à passagem de uma arte de governar herdadas, cujos principio retomam as virtudes morais tradicionais ( Sabedoria , Justiça, respeito a Deus) e o ideal de medida (prudência, reflexão), para uma arte de governar, cuja racionalidade tem campo de aplicação o funcionamento do estado: a “Governamentalidade” racional do estado . Essa “politica de Estado” não é aqui é aqui, entendida com a suspensão imperativa das regras preexistentes, mas como uma nova matriz de racionalidade que não tem a ver nem com soberania da justiça, nem como o modelo maquiavélico do Príncipe. A nova Governamentalidade da politica de estado se apoia em dois grandes conjuntos de saberes e de tecnologias politicas, uma tecnologia politicas, uma tecnologias políticos militares e uma “policia”. No cruzamento dessas duas tecnologias, encontram-se o comercio e a de interesses sobre a moeda: “a partir do enriquecimento pelo comercio que se espera a o possibilidade de aumentar a população , a mão de obra , a produção e a exportação ,e a possibilidade de se adotar de exércitos fortes e numerosos. O Par população –riqueza foi, à época do mercantilismo e da cameralística² , o objeto privilegiado da nova politica “governamental”. Esse par se encontra no próprio fundamento da formação de uma “economia politica”. A governamentalidade moderna coloca , pela primeira vez, o problema politico da população , isto é, não soma dos sujeitos de um território, o conjunto de sujeitos por direito ou a categoria geral da espécie humana, mas o objeto construído pela gestão politica global da vida dos indivíduos (Biopolítica). Essa biopolítica implica no entanto, não só uma gestão da população , mas também um controle das estratégias que os indivíduos , em sua liberdade , podem ter em relação a si mesmos e uns em relação aos outros . Portanto, as tecnologias governamentais dizem respeito tanto ao governo da educação quanto àquele da transformação dos indivíduos, ao governo das relações aos outros. Portanto, as tecnologias governamentais dizem respeito tanto ao governo da educação quanto àquele da transformação dos indivíduos, ao governo das relações que Foucault estende a análise da governamentalidade dos outros por meio de uma análise do governo de si: “Eu chamo de governamentalidade o encontro entre as técnicas de dominação exercidas sobre os outros e as técnicas de si.
--- NOTA
1 Fonte: REVEL, Judith. Dicionário Foucault; Rio de Janeiro: Forence Universitária, 2011. 2 Do grego Kamara ( ou ciência da câmera do monarca ), cujo primeiro tratado é de Delamare, Traité de la Police, 1729. O modelo da cameralística tem origem na Prússia de Frederico, o grande, surgindo ideia de um Polizeistaat, um estado que possui uma politica de segurança( Shicherheitspolizei) para proteção face dos inimigos externos , assim com um politica de bem –estar (Whohlfahrspolizei) para proteção da produção e da circulação da riqueza.

A Condição do homem Moderno.

Resenha do livro a Condição Humana(1958). Hannah Arendt (1906-1075).
"a ação seria um luxo supérfluo [...] se os homens fossem as repetições reprodutíveis ao infinito de uma só e único modelo"(I).
Referencias: A condição humana , segunda grande obra de Hannah Arendt (10906-1975), retoma sob um novo ângulo o questionamento politico que vem sendo feito desde As Origens do Totalitarismo: Para responder aos temores suscitados pelo advento do totalitarismo no seculo XX, ela reflete sobre o que , na condição humana, torna possível o renascimento do espaço politico . Através de uma antropologia filosófica e uma analise histórica, Arendt lembra o sentido e o valor da Vita Activa. Deste modo ela aprende contribuir para uma melhor compreensão de nossa modernidade, a fim de esclarecer as escolhas dos cidadãos.
Problemática: O Prólogo aponta os problemas ético-políticos levantados por dois fatos de civilização: o envio do primeiro satélite ao espaço (1957) mostra a de calagem entre o que os progressos científicos e técnicos nos permitem fazer nossa incapacidade de compreende-los e falar deles;o progresso da robotização desemboca na inquietude perspectiva de uma "sociedade" de trabalhadores sem trabalho". Arendt propõe então a "pensar o que fazemos", analisando as atividades inscritas nossa condição e tentando reencontrar "a origem da alienação do mundo moderno".
Teses Essenciais: ENCONTRAR O SENTIDO DE NOSSAS ATIVIDADES RELIGANDO-AS À NOSSA CONDIÇÃO HUMANA Todo ser vivo está sujeito ao nascimento e morte e á morte mas só o ser humano toma consciência disto. Duas vias se abrem: Assumir sua condição sua condição tentando reencontrar a imortalidade como "via perpétua nesta terra"(I) através de sua atividade prática ou recusá-la visando à eternidade pela Via Contemplativa. Arendt reabilita a primeira via contra a tradição platônica, mas também contra pensadores com Marx, que negligenciam a distinção hierárquica a estabelecer entre as três atividades fundamentais da vida Activa: O Trabalho é a atividade humana, mas a menos humana, porque ela marca a escravidão do ser humano à necessidade natural. Sua função é assegurar a sobrevivência do individuo e da espécie, através da produção de bens destinados a serem consumidos. o animal Laboransesgota-se em produzir o que ele deve destruir para continuar a produzir. A Obra Deve ser distinguida do trabalho, no que ela escapa ao processo vital: através da fabricação de objetos de uso e a criação de obras de arte, O O homo faber transforma a natureza para edificar um mundo humano, não natural, onde os seres humanos encontram " uma moradia mais durável e mais estável que eles mesmos"(IV). O mundo das obras, por sia dimensão objetiva, é destinado a sobreviver aos indivíduos que criaram as obras. A Ação É atividade mais elevada, porque ela remete à vida política do ser humano. À diferença do trabalho e da obra, que só unem os humanos indiretamente , ela se funda na pluralidade. Pela ação, cada ser humano que nasce pode livremente inserir-se no mundo humano e introduzir nele algo novo.
A RELAÇÃO PÚBLICO/PRIVADO Os gregos distinguiam nitidamente a esfera politica da cidade , onde cidadãos livres e iguais elaboravam, um mundo comum pela ação e pela palavra , da esfera socioeconômica da família, definida por preocupações utilitárias e relações desiguais ( autoridade paterna e escravidão). Ora, o crescimento do social do Estado-nação confundiu esta fronteira entre domínio público e domínio privado. As questões domésticas e econômicas tornaram-se publicas e a produção de riquezas o único objetivo da politica . o privado foi o primeiro valorizado como espaço de resistência da subjetividade individual contra o conformismo, depois foi engolido pela sociedade, quando a propriedade privada perdeu o caráter sagrado que tinha entre os gregos,como meio de ser cidadão, para tornar-se um valor social produzido pelo pelo trabalho e subordinado ao processo de acumulação da riqueza. Como a condição para que haja um vida política é a existência de um domínio público separado do domínio privado, vê-se o risco de alienação do mundo moderno, onde o público "tornou-se uma função do privado e o privado a única e exclusiva preocupação comum"(II).
CONCEITOS: VIDA ACITIVA/;VITA COMTEMPLATIVA: pelo conceito de vita activa, que engloba o trabalho, a obra e a ação, Arendt inverte a hierarquia estabelecida por Platão e recusa a desvalorização das Atividades humanas em proveito da contemplação do eterno , onde o ser humano se desengaja do mundo comum.
PLURALIDADE:condição da ação politica que remete ao fato de que os humanos são ao mesmo tempo iguais e distintos , isto é, únicos.
Fonte:CAmus, Sébastian. 100 Obras Chaves de Filosofia:2.ed. Petrópolis, RJ:Vozes ,2011.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Albert Camus (1914-1960)

Raramente alguém se suicida por reflexão (embora a hipótese não se exclua). O que desencadeia a crise é quase sempre incontrolável(MITO DE SÍSIFO-CAMUS, 2010 p.110).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Dicionario Deleuze/Guattari II

-Molecular/Molar:Os mesmos elementos existentes nos Fluxos, nos estratos, noa agenciamentos, podem organizar-se segundo um modelo molar ou segundo um modelo molecular. A ordem molar corresponde às estratificações que delimitam objetos , sujeitos, representações e seus sistemas de referência. A ordem molecular, ao contrário, é a dos fluxos, dos devires, das transmissão de fases, das intensidades. Essa travessia molecular dos estratos e dos níveis, operada pelas diferentes espécies de agenciamentos, será chamada de "Transversalidade".
-Objeto "a", "b", "c": eu havia sugerido a Lacan que acrescentasse ao objeto "a" - termo que ele propõe no quadro de uma teoria generalizada dos objetos parciais em psicanálise, e que designa uma função que implica tanto o objeto oral, quanto ao objeto anal, o pênis, o olhar, a voz, etc.- que acrescentasse a ele os objetos "b", correspondendo aos "objetos transicionais" de Winnicott, e os objetos "c", correspondendo aos objetos institucionais.
-PERSISTÊNCIA/TRANSISTÊNCIA: mudei o uso dessa palavra várias vezes. Vejo isto, agora, como, o modo de existência desterritorialidade que se instaura entre fluxos e os territórios. Paralelamente, entre os phylum e os universos, instaura-se a "transistência".
Personológico: Adjetivo usado para qualificar as relações molares na ordem subjetiva. A enfase dada ao papel das pessoas, das identidades e das identificações caracteriza as concepções teóricas da psicanálise. O édipo psicanalítico coloca em jogo pessoas, personagens tipificadas;ele reduz, as intensidades, projeta o nível molecular dos investimentos sobre um "teatro personológico", isto é, sobre um sistema de representações cortado da produção desejante real ( expressão equivalente:triangulação edipiana).
-Phylum: as diferentes espécie de maquina - técnicas, vivas, abstratas, estéticas - estão posicionadas em relação ao espaço e ao tempo.Sendo assim elas constituem phylum, como evolução das especies vivas.Mas tais Phylum não partem de um só ponto de origem: eles estão dispostos em rizoma.
-Plano de consistência: Os fluxos, os territórios, as máquinas, os universos de desejo, sejam quais, forem suas diferenças de natureza, se relacionam com o mesmo plano de referencia. Com efeito, as diferentes modalidades de existência dos sistemas intensidades não são da alçada de idealidades transcendentais, mas de processos de engendramento e de transfonações reais.
FONTE: GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 326 p.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AS CLINICAS DE LUCRO.

Tratamento para dependentes químicos, tem em todos os lugares, a diversa clinicas. variando do bolso de cada um. Mas o que se percebe é que isto também é um negócio, que visa lucro. A vida das pessoas, dita e anunciada como sendo a grande investimentos ela DEVE melhorar. O que é notável, é falta de qualidade, clinicas não se importam de um sujeito fazer 18 ou 20, tratamentos, A orientação ele deveria aos terapeutas e psicólogos, é de que a Vida Diferente é possivel. Mas muitos nem acreditam em alguma mudança. fazendo até as famílias acreditam que nunca o individuo vai mudar, ter a a possibilidade de escolha, de autonomia, me parece que nem há muito interesse de esclarecimentos, sobre a questão. Parece que o melhor mesmo aos empresários de clinicas, continuar perpetuando pensamentos Morais, sobre as drogas e seus efeitos, do que orientar ao diferente, ao pós uso, aos pós, direcionar ao Futuro. .

terça-feira, 2 de outubro de 2012

“Não poderiam explicar realmente por que razão a vida é absurda.”

“Não poderiam explicar realmente por que razão a vida é absurda.” THOMAS NAGEL Este último capítulo quer polemizar a questão de Camus, dizendo que não haveria motivos, suficientes para chamar a vida de Absurda. Mas de dizer que a vida de um modo geral, é sem desprovida de finalidade, justificativa e por tanto o que Nagel chama de sem sentido. No seu artigo filosófico com a questão sobre o Absurdo, ele diz que nossa vida não é absurda meramente porque não tem sentido. O leva a Absurdidade é a dupla apreensão (a) de que a seriedade com que levamos a vida a nossa vida não é justificada e (b) e de que não podemos para de lavar a sério a nossa vida.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

RESUMO - CAMUS E NAGEL

RESUMO Este estudo monográfico questiona como problemática a questão da falibilidade humana, no sentido de que o nosso modo de ser, que é de certo sentido é uma condição inerente à situação do ser humano no cosmos. Que neste trabalho é denominado de Absurdo, conceito que revela denuncia uma realidade na dimensão humana, de que já estamos fadados, inexplicável. Fazer do ser humano, um ser que mediante reflexão, leva a um caminho de autenticidade e veracidade, o que acarreta em uma atitude, ética, de incentivar o Homem contemporâneo para um enfrentamento para com há vida real, para uma possível felicidade. Afinal todos os projetos ou nenhum, são incomensuráveis, diante da vida. A não realização de algumas aspirações humanas, não é motivo para total desconstrução. O que torna a vida como uma experiência singular é a tentativa, o lançar-se, o buscar: Sentido. Num mundo que a natureza segue uma lógica, e o homem vê a si mesmo, como meio intrigante e misteriosa sua posição e finalidade. De maneira irrestrita aos homens não fica clara, a insolúvel questão de nossa origem, embora possam reconhecer que existem homens, realizados, felizes, autênticos. Quando passamos pelas situações da vida, com a certeza de que somos falíveis, sujeitos errantes. Acontece que na tomada de consciência, de nossa posição limitada, aproxima-nos, com muita lucidez, das reais possibilidades: do corpo singular e do corpo social, humano. As efetivas construções de sentidos na vida humana são colocadas como um modo de existência, não isolado, mas que diante de outros modos de existência, ou seja, um ser em relação com outros. A guinada que o filósofo Albert Camus e Thomas Nagel traz ao homem, é que tomar como ponto de partida ha vida como absurda e ou sem sentido. Nada justifica que o homem, furtar-se de agir e reagir, na existência. Somos seres inseridos na história, na política, na ética e temos uma realidade metafisica que nos envolve.