O mito de Sísifo. Nota de estudo
Essa obra pode ser vista como o ensaio filosófico central da obra de Camus, pois nela se encontra exposta a filosofia a filosofia do absurdo, em torno da qual se organizam todos os outros temas do pensamento e da ação de Camus(POR EXEMPLO, O TEMA DA REVOLTA)
Nesta obra, a questão do suicídio é decisiva. Não moralmente ( Camus não pergunta, como Kant, se temos o direito de nos matar), mas porque dá o ensejo a outra questão, a do sentido da existência. A morte voluntária não será a saída para aquele que entendeu a falta de sentido da vida?
A experiência camusiana do absurdo lembra uma náusea satreaana : uma “lassidão mesclada de fastio” diante do banal e maquinal repetição dos momentos da existência. A perspectiva da morte, a necessidade de submeter-se à irracionalidade no mundo, tudo isso contribui para tornar mais preciosa a noção de Absurdo. Não é que o mundo, em si , seja absurdo. tampouco o homem. O absurdo nasce da confrontação desse mundo com o desejo humano de clareza e racionalidade.
*SÍSIFO, 56 a 20. Título de um drama satírico de Ésquilo (Nauck, p. 74) e de outro, também
satírico, de Eurípides (N., p. 572). O primeiro traz no próprio título — Sísifo,
Rolando a Pedra — alusão à conhecida pena sofrida no Hades (cf. Od. XI 593-600;
Higin., fab. 60; Apol., Bibl. I 9, 3). Também é atribuído a Crítias, um dos Trinta
Tiranos, um drama com este nome, de que resta um longo fragmento (N., p. 771),
citado por Sexto Empírico (Ad. Math. 403), como exemplo de ateísmo. É de notar
que alguns dos versos do mesmo fragmento são também atribuídos a Eurípides
(Plut., De plac, p. 880 E).
*Aristóteles.
Ética a Nicômaco ; Poética / Aristóteles ; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. — 4. ed. — São Paulo : Nova Cultural, 1991. — (Os pensadores ; v. 2)
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