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sábado, 29 de setembro de 2012

Thomas Nagel (1937)

Thomas Nagel (1937) é um filósofo americano, atua como professor da Universidade de Filosofia e Direito na Universidade de Nova York, onde ele ensina desde 1980. Suas principais áreas de interesse filosófico são a problemática da mente, política e ética. Ele é bem conhecido por sua crítica de reducionistas da mente em seu ensaio "O que é que gosta de ser um morcego?" (1974), e por suas contribuições para deontológico e liberal teoria moral e política em A Possibilidade de Altruísmo (1970) e os outros escritos posteriores.

Uma Breve Introdução à Filosofia(FRAGMENTOS) - Thomas Nagel

“O que acontece, por exemplo, quando você morde uma barra de chocolate? (...) Se um cientista retirasse a tampa do seu crânio e olhasse o interior do seu cérebro enquanto você come a barra de chocolate, a única coisa que ele veria é uma massa cinzenta de neurônios. Se ele usasse instrumentos para medir o que acontece ali dentro, detectaria vários processos físicos diferentes e complexos. Mas encontraria o sabor do chocolate? Ao que parece, ele não o encontraria no seu cérebro, porque sua experiência de saborear o chocolate está de tal forma trancada dentro da sua mente que não pode ser observada por ninguém – mesmo que ele abra seu crânio e examine dentro do seu cérebro. Suas experiências estão no interior da sua mente com um tipo de interioridade que é diferente do modo como seu cérebro está no interior da sua cabeça.” “Se o que acontece na experiência está no interior da sua mente de um jeito diferente do que acontece no seu cérebro, parece então que suas experiências, bem como seus diferentes estados de espírito, não podem ser meros estados físicos do cérebro. Você deve ser algo mais do que um corpo dotado de um buliçoso sistema nervoso.” “Parece haver dois tipos muito distintos de coisas que acontecem no mundo: as coisas que pertencem à realidade física, que muitas pessoas podem observar de fora, e as coisas que pertencem à realidade mental, que cada um de nós experimenta interna e individualmente.” “...pode ser que haja mais sobre o mundo do que a ciência é capaz de entender.” “As pessoas que aceitam a moral, de modo geral, divergem muito acerca do que é particularmente certo e errado.” “Visto de fora, você não tem tanta importância quanto tem para si mesmo, visto de dentro – já que de fora você não é mais importante do que ninguém.” “Se existe algum sentido naquilo que fazemos, temos de encontrá-lo em nossas próprias vidas.” “A idéia de Deus parece ser a idéia de algo que pode explicar tudo, sem precisar ele próprio de explicação. É muito difícil, porém, entender tal coisa. Se perguntamos: ‘Por que o mundo é assim?’, e nos oferecem uma resposta religiosa, como podemos evitar de perguntar de novo: ‘E porque isso é verdade?’Que tipo de resposta poria fim a todos os nossos ‘por ques’ de uma vez por todas?”

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A EXPERIENCIA VIDA

Colocar em questão a “existência” na história da filosofia não é novidade das correntes contemporâneas, esta exclusividade e pertinência da mesma vieram junto ao pós-guerra na Europa, nutrindo no homem europeu do fim do séc. XIX uma desesperança diante da vida. Kierkegaard (1813-1855), por exemplo, aponta que os sistemas filosóficos dos modernos foram incapazes frente à discussão de que a vida envolve, um princípio, sua crítica é principalmente na filosofia do Absoluto de Hegel (1770-1831). Em contrapartida, uma série de filósofos tais como Heidegger (1889-1976), Sartre (1905-1980), Camus (1913-1960) e outros, pensaram esta questão a partir de uma nova ótica, não mais com o intuito de legitimar um discurso teleológico*nota, portanto para uma perspectiva humanista(,sobre o humanismo de Sartre,nota), onde não mais o sentido da vida é buscado fora do mundo, se não, no próprio homem: “De descrição geral, que nas filosofias da existência o problema da existência precede o da essência, que seria esta a característica distintiva dos existencialismos em relação às filosofias tradicionais” (Abrão, 1999, p. 443). O aparecimento dos neologismos é raramente datado com precisão. Apollinaire pode apresentar ao público as razões que o levaram a forjar o adjetivo “surrealista” no seu livro Tirésias de 1918. O mesmo não acontece bem com “existencial”, nem com “existencialismo”. Mas sabe-se que o emprego filosófico do primeiro ocorre aproximadamente na metade do século XIX, e o do segundo, cerca de um século mais tarde. Durante as décadas de 1930-1950, o existencialismo, parece designar um clima de pensamento, uma corrente literária vinda da Europa do Norte, dos países eslavos ou germânicos. Um de seus traços principais seria a percepção do sentido do absurdo juntamente com a do sentimento trágico da vida(nota). A experiência de uma humanidade entregue as violências mortíferas às monstruosidades de uma guerra particularmente, violenta teria exigido dos artistas, dos escritores e dos filósofos, novas reflexões, capazes de repor em questão: o exercício de uma liberdade*(noa conceito de livberdade) ainda a conquistar, e um esclarecimento*(nota,sobre cosmovisão) sobre sentido da vida. Camus o filósofo argelino com uma escrita francesa. Escreve seu pensamento através da literatura, romances-tese. Isto é uma marca forte de seus escrritos filosoficos, pois acreditava que há, na forma literária, que é arte criativa e viva*(citação), tem a sutilieza de perscrutar a alma humana, sendo capaz de descrever vivências, reais ou possiveis do ser humano e denunciar suas fragilidades. Camus se vale de uma estratégia literária para expressar seus conceitos. O romance, por exemplo, O Estrangeiro publicado no mesmo ano que seu ensaio filosófico O Mito de Sísifo 1942. Apresenta ao mundo o que iria ser seu grande ponto de partida que ilustra a filosofia do Absurdo. Como uma atitude frente à vida. Este trabalho de conclusão de curso não pretende abranger o conceito de Absurdo nos seus mais variados significados e uso nas ciências, mas restringir ao campo de semântico (nota), orientado pelo filósofo Albert Camus, que foi considerado o “profeta do Absurdo”, por uma geração de intelectuais. O Absurdo como uma realidade da experiência humana em sua situação de Ser vivo,pode ocorres deste sentimento,esta sensibilidade, que pode ser experimentada por qualquer ser humano - Um conflito entre ideal e a vivência do cotidiano- Esta situação trava na vida um hiato entre a falta de explicações e sentido para a condição do homem. Num percurso interno da leitura de seu primeiro romance Núpcias ( data), a sua última obra inacabada, O Primeiro Homem (data). Em Camus o estilo literário e no ensaio filosófico mescla-se em sua obra, o estudioso Pinto, Manuel Costa argumenta que Camus se vale: “idéia - pré-concebida”, a maneira de Proust, “com que a inteligência do artista cria um universo ao quais os seus heróis deverão resistir e fora do qual não há nada” (PINTO, 1998 p.124). A atitude filosófica do argelino Camus é para elucidar sua filosofia do absurdo acerca da problemática filosófica da: liberdade do homem, sua situação e esperança, enquanto humanidade*(nota,somos seres sócias). Como literato e filósofo Camus, diz que a falta de sentido ou de justificação racional para a existência do homem e do universo, não são razões suficientes motivos para total descrença. O livro O mito de Sísifo trata de conceituar com varias demonstrações, o argumento norteador de Camus, de que a vida é Absurda, mas que traz ao homem consequências que não o impende de agir ou suicidar-se(nota), mas discute o que estas posturas são sempre discutíveis pois; “Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de todas”(CAMUS, 2010 p.19). O ensaio/tese O Mito de Sísifo, descreve sobre o tema que Camus irá até o fim de sua trajetória filosófica: A noção de sentido da vida humana, e a constatação do Absurdo. O livro começa questionando se a vida vale ou não ser vivida? Em uma pergunta desconcertante o argelino articula um raciocínio para o Absurdo, se há escolha não for o suicídio. Aqueles que decidem viver podem penetrar na dimensão do absurdo que nos cerca. “A experiência do absurdo e a atitude racional do homem diante do mundo é o tema central do Mito de Sísifo” (BARRETO, 1979 p.478). O raciocínio de Camus é pergunta-se: mas afinal em que relação absurda coma a vida? continua.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Delírio Reich.

O Delírio Reich. Wilhelm Reich (24 de Março de 1896 – 3 de Novembro de 1957.) O excêntrico psicanalista é visto com muita descrença, pela comunidade de psicanalista e psiquiatras, suas pesquisa, muitas vezes visionária. Eram e sempre foram, mas artigo de expectativas e achismos, do que conclusão categórica cientifica. O que é curioso é sua luta, pela busca do orgone, um conceito criado pelo psiquiatra. Esta noção vitalista que se inspira num fenômeno bio-elétrico, localizável , além do mais, na região do diagrama. O psicanalista mergulhará na megalomania, inscrevendo-se na linhagem dos profetas.Sua extravagância e ilusão cega de suas ideias, o levaram a projetar um maquina, para abrigar o Orgone; ele queria o organe Atmosférico, o do céu, o do mar, das nuvens, da terra, as auroras boreais, as nebulosas; ele interpretava estas ondas de energias de correntes cósmicas de um vasto orgasmo cósmico. Na sua sandice, ele achou que tinha encontrada a galinha dos ovos de ouro, criando e produzindo tal maquina vários pacientes, vários cientistas em sua época, compraram suas maquinas, UM CAIXOTE DE MADEIRA, que nunca foi encontrado nenhum vestígios de orgone. Os tribunais dos Estados unidos mandaram retirara seu produto da linha de fabricação, os textos, e o produto foi incinerado. Reich recusou-se a submeter-se a Lei, foi condenado e via pena agravada por uma acusação de ultraje à magistratura: foi encarcedaro, e bastaram-lhe oito meses de prisão para morrer. A história de Wilhem Reich, por outro lado, psicanalista tão importante- é emblemática do que filósofos tem o desejo de captar, intelectualmente, a energia que permeia os corpos e obececa a razão ocidental. que já foi batizada de vários nomes; Impetus ou conatus, elã vital, o querer-viver, vontade de poder ou libido, até mesmo fluxo. Por Deleuze.

O Don Juan

O Don Juan, o homem que para Camus esta plenamente gozando de seu corpo. Vive suas experiências, numa lógica, muito parecida há ética utilitarista, vive pela quantidade de prazer que pode adquirir na vida. “O que Don Juan põe em prática é um ética da quantidade (...) O tempo caminha com ele”(CAMUS, 2010 p.79).
Não é de modo algum por falta de amor que Don Juan vai de mulher em mulher. É ridículo representá-lo como um iluminado em busca do amor total. Mas é até porque ele as ama com igual arrebatamento e a cada vez com toda inteireza, que lhe é preciso repetir esse dom e esse aprofundamento (CAMUS, 2010 p. 75)
Não tem em mente o juízo do certo e errado, vive tudo ante de morrer. Repete suas formulas, pois pensa para si, afinal se deu certo um vez, não haveria porque não repetir. Don Juan é a postura humana da descrença em qualquer transcendência, mas trás em si um apelo para novas vivências, múltiplas intensidades. O que Don Juan quer é ir contra esta ideia “todos os especialistas da paixão nos ensinam isso: só existe amor eterno contrariado” (CAMUS, 2010 p78). Mas o que o que exprime Don Juan é justamente sua repetição, sua busca. “É um, outro amor que sacode Don Juan e esse é libertador. Trás consigo todos os rostos do mundo e seu frêmito provém de que ele se sabe perecível” (CAMUS, 2010 p. 78).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

notas de estudo sobre James Joyce.

Transposta para a literatura do século 20 por James Joyce, em Ulisses, e apresentam na estrutura em diversos gêneros da arte como nas artes plásticas, cinema, teatro, um texto que podemos considerar uma obra que deu para o ocidente toda a tradição literária. Continuação da Ilíada, a obra acompanha Odisseu , em sua jornada de regresso à sua cidade, Ítaca, após a guerra de Tróia. Durante os dez anos de sua viagem. Ulisses enfrenta a ira de deuses, principalmente o Deus do mar Poseidon, e de Helio, faz parte de sua saga ter de enfrentar a sedução das ninfas, ser capturados por ciclopes e sofre o assédio de sereias, entre outras peripécias. Todo este conjunto de acontecimentos fantástico faz da Odisséia uma epopéia diferente da Iliada, na qual os heróis épicos não participam de aventuras fabulosas ou enfrentam monstros e entidades anacrônico. Sendo o poema tem três tipos de homens no poema homérico, os homens, os deuses e os heróis, a diferença deste para o homem é a imortalidade. Segundo o escritor Ítalo Calvino, uma das novidades da Odisséia foi justamente, ter colocado um herói grego épico como Ulisses ás voltas com bruxas e gigantes, monstros e devoradores de Homens, desta maneira submetendo um herói tradicionalmente um paradigma de virtudes aristocráticas e militares, “as mais duras fadigas, dor e solidão”, Homero aproximado homem moderno. Assim a persistência de Odisseu para atingir seus Objetivos e sua luta contra o universo arcaico, em larga, medida, o homem moderno em embate diário contra as angustias e dores de seu tempo. Lançando mão da sabedoria e do equilíbrio, mas também astúcia, o herói constrói uma nova ordem que confronta o obscurantismo de um mundo dominado pelos caprichos dos deuses. A modernidade temática, construída sobra a temática, seja entre o mundo mítico e o mundo dos homens, seja entre a necessidade de prosseguir e os obstáculos que iniciam à permanecia, um certo tipo de realismo. Esse mundo nos é apresentado por meio de uma técnica narrativa largamente empregada na literatura moderna, a inversão temporal, segundo qual os eventos são narrados em retrospectiva, em uma ordem não cronológica. Ernani Augusto

absurdo

absurdo adj. 1. Contrário ou repugnante à razão. s. m. 2. O que contrário à razão, à sensatez, ao bom senso. 3. Qualidade do que é absurdo. 4. Despropósito, insensatez, disparate. Fonte: http://www.priberam.pt/

filmes. que mostram algum tipo de vivencia. e movimentos de câmeras, Desconcertantes.

Central do Brasil (1998)
 Além da Linha Vermelha (The Thin Red Line) (1998)
 Três Reis (Three Kings) (1998)
 Magnolia (1999)
 Clube da Luta (Fight Club) (1999)
 Audition (1999)
 A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project) (1999)
 Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre Mi Madre)(1999)
 Beau Travail (1999)
 Quero Ser John Malkovich (Being John Malkovich) (1999)
 Beleza Americana (American Beauty) (1999)
 Matrix (The Matrix) (1999)
 O Sexto Sentido (The Sixth Sense) (1999)
 Os Catadores e Eu (Les Glaneurs et la Glaneuse) (2000)
 Gladiador (Gladiator) (2000)
 Amor à Flor da Pele (Dut Yeung Nin Wa) (2000)
 O Dia do Perdão (Kippur) (2000)
 As Coisas Simples da Vida (Yi Yi) (2000)
 Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream) (2000)
 Amores Brutos (Amores Perros) (2000)
 Entrando numa Fria (Meet the Parents) (2000)
 Traffic (2000)
 O Tigre e o Dragão (Wo Hu Cang Long) (2000)
 Amnésia (Memento) (2000)

O mito de Sisifo. Nota de estudo

O mito de Sísifo. Nota de estudo Essa obra pode ser vista como o ensaio filosófico central da obra de Camus, pois nela se encontra exposta a filosofia a filosofia do absurdo, em torno da qual se organizam todos os outros temas do pensamento e da ação de Camus(POR EXEMPLO, O TEMA DA REVOLTA) Nesta obra, a questão do suicídio é decisiva. Não moralmente ( Camus não pergunta, como Kant, se temos o direito de nos matar), mas porque dá o ensejo a outra questão, a do sentido da existência. A morte voluntária não será a saída para aquele que entendeu a falta de sentido da vida? A experiência camusiana do absurdo lembra uma náusea satreaana : uma “lassidão mesclada de fastio” diante do banal e maquinal repetição dos momentos da existência. A perspectiva da morte, a necessidade de submeter-se à irracionalidade no mundo, tudo isso contribui para tornar mais preciosa a noção de Absurdo. Não é que o mundo, em si , seja absurdo. tampouco o homem. O absurdo nasce da confrontação desse mundo com o desejo humano de clareza e racionalidade.
*SÍSIFO, 56 a 20. Título de um drama satírico de Ésquilo (Nauck, p. 74) e de outro, também satírico, de Eurípides (N., p. 572). O primeiro traz no próprio título — Sísifo, Rolando a Pedra — alusão à conhecida pena sofrida no Hades (cf. Od. XI 593-600; Higin., fab. 60; Apol., Bibl. I 9, 3). Também é atribuído a Crítias, um dos Trinta Tiranos, um drama com este nome, de que resta um longo fragmento (N., p. 771), citado por Sexto Empírico (Ad. Math. 403), como exemplo de ateísmo. É de notar que alguns dos versos do mesmo fragmento são também atribuídos a Eurípides (Plut., De plac, p. 880 E).
*Aristóteles. Ética a Nicômaco ; Poética / Aristóteles ; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. — 4. ed. — São Paulo : Nova Cultural, 1991. — (Os pensadores ; v. 2)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O ABSURDO UMA CONDIÇÃO HUMANA EM ALBERT CAMUS

O ABSURDO UMA CONDIÇÃO HUMANA EM ALBERT CAMUS Ernani Augusto de Andrade* Resumo Neste artigo é feita uma análise sobre o conceito de Absurdo de Albert Camus (1913-1960) tendo com objetivo principal, a leitura do ensaio o Mito de Sísifo (1942). Camus um é existencialista pelos seus conceitos e modo que analisa o humano, mas não há um rigor fenomenológico em pensamento, Se não uma atitude frente a situação existencial. Em sua década marcada por guerras e avanços científicos, os filósofos percebe-se o esvaziamento de sentido no Homem contemporâneo. Camus, em seu “homem Absurdo” tenta criar modos de vida que fazem “esquivar” do trágico da vida, através do absurdo em que vive neste mundo. Tendo uma única pergunta valida ha ser feita: a vida vale a pena ser vivida? Palavra Chave Camus – Existência – Humano – Absurdo